Veneza

Veneza (em italiano: Venezia, em vêneto: Venezsia) é uma cidade e comuna italiana da região do Vêneto, província de Veneza no nordeste de Itália. Tem cerca de 266 181 habitantes e é conhecida pela sua história, canais, museus e monumentos. A comuna de Veneza estende-se por uma área de 412 km2, incluindo as ilhas de Murano, Burano e outras na lagoa de Veneza, tendo uma densidade populacional de 646 hab/km2.

A cidade foi formada num arquipélago da laguna de Veneza, no golfo de Veneza, no noroeste do mar Adriático. Tornou-se uma potência comercial a partir do século X, no qual sua frota já era uma das maiores da Europa. Foi uma das cidades mais importantes da Europa, com uma história rica e complexa e um império de influência mundial comandado pelos doges, os líderes da cidade.

O patrono da cidade é São Marcos (festa em 25 de abril). A festa do povo do Vêneto é celebrada em 25 de março, data da fundação da cidade.
É classificada como Património da Humanidade pela UNESCO. Dos muitos monumentos e locais turísticos existentes, destacam-se a imponente Basílica de São Marcos, na adjacente Praça de São Marcos, a famosa Ponte de Rialto sobre o Canal Grande, construída em 1588 segundo projeto de Antonio da Ponte, a Ca' d'Oro e numerosas igrejas e museus.
Veneza é ainda famosa pelos seus certames internacionais, como o Festival de Cinema e a Bienal de Artes, pela Regata Histórica, que ocorre no primeiro domingo de setembro, pela fabricação de vidro, pelo Carnaval de Veneza, pelos casinos e pelos seus passeios românticos, levando muitos casais a passarem suas luas-de-mel.
Nesta cidade nasceram os Papas Gregório XII, Eugênio IV, Paulo II, Alexandre VIII, Clemente XIII e Pio X, além de numerosos artistas e arquitectos como Antonio Vivarini (1440-1480), Antonio da PonteTintoretto (1518-1594) e Canaletto (1697-1768). No campo da música, foi aqui que nasceu e viveu Antonio Vivaldi (1678-1741).

Mapa de Veneza




Dicas: Tivemos o grande privilégio de conhecer Veneza acompanhados de nosso amigo Sandro, que nos recebeu muito bem em sua casa. Como Sandro é veneziano, nos falou sobre diversas curiosidades sobre a cidade. O símbolo de Veneza é o Leão. No estandarte de Veneza, o Leão vinha com uma das patas sobre um livro. Se o livro estivesse aberto, os venezianos vinham em paz. Se estivesse fechado, guerra.
Ocorre em Veneza, no primeiro domingo de setembro a Regata Histórica. Parte desfile, parte competição. Barcos e gôndolas enfeitados, como se estivessem em um carnaval atravessam o Canal Grande. No tempo dos Doges, os mesmos jogavam um anel de ouro na água, para simbolizar seu casamento com o mar. Essa representação ocorre ainda hoje.
Comprar em Veneza é caro. Máscaras venezinas nas lojas facilmente passam de 100 Euros. Nas bancas, do tipo camelô, você vai encontrar máscaras muito similares, se não iguais, em trono de 15 Euros.
Comer em Veneza também é caro, portanto prepare o bolso se quiser desfrutar de uma boa comida. Evite comer na Piazza San Marco, pois lá os preços são exorbitantes. Expirimente as ruas adjacentes e não se arrependerá. Se você prefere um passeio mais econômico, leve um sanduíche de casa. Em caso de sede, existem inúmeras bicas espalhadas pela cidade.

O transporte aqui ocorre geralmente pelos Vaporetti, barcos que fazem diferentes itinerários pela cidade. Existem também os famosos passeios de gôndola. Muita atenção na hora de combinar os preços. Aqui os gondoleiros podem querer lhe enganar. O ideal é negociar o valor e tempo antes de embarcar. Se conversar bem, você pode consiguir bons descontos. Se estiverem em casal, o gondoleiro pode tentar lhes constranger perguntando se a sua esposa não vale o que ele está pedindo, etc. Evite constrangimentos. Aqui é melhor negociar entre homens.
Para uma experiência bacana, tente embrcar no vaporetto na chegada, estação Santa Lucia, com destino a Piazza San Marco. O caminho pelo Canal Grande é muito bonito, passando pela ponte Rialto. Ao chegar no destino, desfrute uma das praças mais bonitas e grandiosas do mundo. A Basílica de San Marco, O Campanillo, O Palazzo Ducale. Lindíssimo. Dali siga as indicações para a ponte Rialto, que você encontrará nas paredes das ruas e becos. Muita atenção, pois é fácil se perder em Veneza. Da ponte continue em direção a Santa Lucia. A caminhada de 1 hora ou um pouco mais, dependendo do rítimo, vale a pena. A cidade é encantadora. Levar um map ajuda muito.
No verão, venha com roupas leves. O calor é infernal. Passear a noite é mais agradável, pois fica mais fresco e convida as pessoas a saírem.

Regata Histórica


Imperdíveis:

O Palazzo Ducale (Palácio Ducal), também conhecido como Palácio do Doge, é um símbolo da cidade de Veneza e uma obra-prima do gótico veneziano. Surge na área monumental da Piazza San Marco (Praça de São Marcos), entre a Piazzetta e o Molo.
O palácio actual foi construído entre 1309 e 1424. Giovanni Bon e Bartolomeo Bon criaram a chamada Porta della Carta, um monumental portão em estilo gótico tardio na Piazzetta, ao lado do palácio.
Antiga sede do Doge de Veneza e da magistratura veneziana, seguiu-lhes a história, dos alvores à queda, e é hoje sede do Museo Civico di Palazzo Ducale (Museu Cívico do Palácio Ducal).

Palácio-Museu sensacional. Você até pode imaginar como funcionava a administração da cidade vendo as salas do Palácio. O Interior muito bem decorado, com muitas salas exibindo grande número de dourados. No pátio interior dois poços, que por muito tempo foram usados como poços de desejos, hoje encontram-se fechados. Arquitetura gótica belíssima. Do Palácio Ducale, chega-se as prisões, que ainda podem ser visitadas, através da Ponte dos Suspiros. Os presos julgados e condenados no Palácio eram encaminhados para sua cela, e a visão da ponte geralmente era sua última visão do mundo exterior, e suspiravam daí o nome dado à ponte. De lá ninguém escapou, a não ser o célebre Casanova, o qual acredita-se tenha comprado sua liberdade.









A Piazza San Marco é uma das mais belas do mundo. É um espaço enorme, repleto de bares e cafés. O visual é esplêndido, com a imponente Basílica de San Marco como principal referência. É ótimo passear aqui pela noite. O lugar fica cheio e existem várias apresentações musicais ao vivo. Perfeito para pares românticos, ou para quem está procurando por sua alma gêmea! Dica: ao meio dia toca o sino do Campanillo, e acima de um prédio próximo dois mouros batem com martelos em outro sino. Vale a pena aguardar.







A Basílica de São Marcos (Basilica di San Marco, em italiano) é a mais famosa das igrejas de Veneza, Itália, e um dos melhores exemplos da arquitetura bizantina. Localizada na Praça de São Marcos (Piazza di San Marco), ao lado do Palácio dos Doges, a basílica é a sede da arquidiocese católica romana de Veneza desde 1807.

É difícil descrever a Basílica de San Marco. Seu exterior bizantino encaixa-se perfeitamente com o belo interior, decorado com mosaicos dourados que cobrer praticamente toda a estrutura. Detalhe para o piso muito irregular decorrente da invasão da água em razão da maré alta. Entrada gratuita. Aviso às mulheres: nada de roupa curta aqui. Você pode ser barrada e obrigada a comprar uma espécie de papel para se cobrir. Mochilas também não entram.O museu de tesouros custa 3 Euros e tem uma coleção bastante interessante.




A ponte Rialto é belíssima e fora de suma importância para a travessia do Canal Grande. Segue um pequeno resumo sobre sua história:


A Ponte de Rialto é a ponte em arco mais antiga e mais famosa sobre o Grande Canal, na cidade italiana de Veneza. Ela foi formalmente a única ligação permanente entre os dois lados do Grande Canal, até abrirem as restantes travessias.
A primeira construção que cruzou o Grande Canal foi uma ponte flutuante, construída em 1181 por Nicolò Barattieri. Chamou-se Ponte della Moneta, presumivelmente pela cunhagem de moeda veneziana que se fazia perto da sua entrada oriental.
A evolução e importância do mercado de Rialto na margem oriental do canal aumentou o tráfego fluvial consideravelmente perto da ponte flutuante. Por isso, foi substituída por volta de 1250 por uma ponte de madeira. A estrutura tinha duas rampas inclinadas que se uniam a uma secção móvel, que podia ser elevada para que passassem barcos altos. A relação da ponte com o mercado finalmente produziu a troca de nome desta. Durante a primeira metade do século XV, duas fileiras de lojas foram construídas nos lados da ponte. Os impostos destas lojas entravam no tesouro da cidade, que ajudava na manutenção da ponte. Isso era vital numa ponte de madeira.
A ponte de Rialto foi queimada parcialmente durante a revolta liderada por Bajamonte Tiepolo em 1310. Em 1444, caiu quando foi demasiado o peso da multidão reunida para ver um desfile náutico, sendo reconstruída outra vez, e em 1524 voltou a cair.
A ideia de uma reconstrução em pedra foi pela primeira vez proposta em 1503. Vários projetos sucederam-se nas décadas. Em 1551, as autoridades venezianas pediram propostas para renovar a Ponte de Rialto. Numerosos arquitetos famosos, como Michelangelo, Jacopo Sansovino, Andrea Palladio e Jacopo Vignola ofereceram os seus préstimos, mas todos realizaram propostas de enfoque clássico com diferentes arcos, que foram tidos por inadequados para esta obra.
A ponte de pedra que hoje existe é formada por um único arco, desenhado por Antonio da Ponte, e construída entre 1588 e 1591, baseado no desenho da anterior ponte de madeira: duas rampas inclinadas cruzam-se num pórtico central. De cada lado das rampas há uma fila de cubículos rematados com arcos de meio ponto, que servem como espaços de comércio. A ponte é apoiada em 600 pilaretes de madeira, com a construção disposta de tal modo que em cada momento as juntas das dovelas são perpendiculares à força do arco. O desenho de engenharia foi considerado tão audaz na época que o arquiteto Vincenzo Scamozzi predisse a sua queda. No entanto ainda hoje se ergue a Ponte de Rialto, sendo um dos ícones arquitetónicos da cidade de Veneza. A peculiaridade desta ponte é que parece romper com a tradição arquitectônica de construir pontes de tipo romano baseados na estrutura de arco de meio ponto com uma nova tipologia de arco rebaixado. Mas neste caso a inovação é somente visual, porque se trata igualmente de um arco de meio ponto que o nível da água oculta as bases (dovelas basais) do arco que só visualmente parece rebaixado.

A vista da ponte é fantástica, e por si só, já vale uma visita.









Gastronomia:

Apesar de existirem muitas iguarias em Veneza, uma dica da qual realmente gostei foi a Mozzarella in Carozza. Você pode encontrá-la em diversos restaurantes pela cidade. Trata-se de um sanduíche de queijo empanadado e frito. Muito gostoso. Os locais adoram, portanto é indício de ser muito bom!





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